Por instantes julguei que me tinha enganado; que não conhecia o meu país; que afinal era uma terra desertada pelo corporativismo e pelo dinheiro...
Helàs, estava certo. Quando não pôde mais ser abafado, o escândalo rebentou; quando os factos explodiram na cara da opinião pública tentou-se encontrar o erro processual (o que sempre resultara antes); quando este estratagema não funcionou como devia, procurou-se a falha no testemunho; em seguida, esmagar o juiz, descreditá-lo... E,por uma vez, parecia que a Justiça seria imparcial, que resistia... :)
É tempo de voltar a repetir o meu prognóstico para o jogo Desamparados do Mundo-Aproveitadores da Desgraça: serão poucos os condenados, apenas os que já eram desgraçados e, eventualmente, os que por desgraça não tiverem dinheiro para pagar um escritório de advogados influente. Os outros sairão com ar de indignação e, com sorte, alguma choruda indeminização.Aconteceu na Bélgica, aconteceu em Espanha. Não vejo razão para vir a ser diferente no país dos empreiteiros, dos beatos e da política baixa.
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